sexta-feira, outubro 06, 2006

Elias!

sexta-feira, setembro 22, 2006

Tejo

Salta



Quando saltavam para o rio, ideia nova, mostraram que o Batista Pereira talvez já não chegasse ao outro lado do rio mas ainda assim, está provado, o rio é navegável e as suas águas, se não dão saúde, também não fazem muito mal.



Já agora também os barcos do Tejo. Antes das pontes e estradas sobre o rio, faziam a maior parte dos transportes de mercadorias para a capital em colés, barinhos, barcos de água acima, muletas de carga, faluas, botes e botes de meia-quilha.



No transporte de pessoas entre Cacilhas e Lisboa utilizavam-se alternadamente faluas ou o bote cacilheiro, uma embarcação pequena com vela triangular. Segundo Brito Aranha este era rijo de borda, aguentando muito mar e com alterosa vela triangular, não de espicha mas içada ao tope do mastro.



Em 1838 foi criada a Companhia dos Vapores do Tejo e as velas começaram a desaparecer.

Salta

quarta-feira, agosto 09, 2006

Bairro da Liberdade

Não foi preciso o autocarro ter caído no buraco para eu reparar nisto. Já o meu primo Américo tinha nascido e vivido muito tempo na Serafina e nós íamos lá visitar os pais dele. Na altura aquela aldeia era só exótica mas o que me fascinava mais era quando regressávamos a Lisboa, pela encosta abaixo, ladeada por enormes árvores e que deixavam ver a cidade no horizonte da estrada.



15 anos depois moro ali perto, a encosta começa a cair e engolir os autocarros. O Santana desaloja as pessoas e cria um bairro fantasma que ali está, já sem vedação em redor e com certeza, para ficar.

quinta-feira, julho 13, 2006

abstractos

quarta-feira, julho 05, 2006

sexta-feira, junho 16, 2006

made in suíça

segunda-feira, junho 05, 2006

quinta-feira, maio 25, 2006

De Quionga ao Zaire (II)



Esta rua que começa em Moçambique atravessou mais de uma geração da minha familia. De todas as ruas de lisboa esta, sempre por acaso, tem sido a rua onde ficamos a dormir.



Das frentes não há vistas (pobre cão) mas os quartos com as madeiras pintadas são luminosos e levam os nossos olhos mais para cima até aos reflexos do sol nas portadas ou ao brilho de outros olhos.




Subo, está na hora de partir, desta vez o destino é o Zaire embora antes fosse sempre o Chile ou a Ilha Terceira. Esta novidade do destino parece-me um fechar de portas, não creio que volte a dormir aqui.

quarta-feira, abril 26, 2006

Quionga ao Zaire

Pretexto para sair de casa e dar um passeio a bater umas chapas por terrenos que podem bem mostrar como é esta cidade, longe dos monumentos imponentes, dos bairros históricos ou dos condomínios pretensiosos.
Longe do porto, mas com ar de capital marítima, onde se encontra gente de toda a parte, numa conquista deste espaço por gente de fora, porque os locais foram embora, não para muito longe, mas para outro mundo.

Não pertence ao bairro das colónias, é mais um prenúncio, mas a Heróis de Quionga sentia o bairro a que não pertencia. Os seus heróis não eram de grandes facanhas, gostavam de carros e de ver quem passava, eram boa gente.



As fachadas de tardoz revelam o outro lado da cara pintada virada para a rua, que às vezes esconde um ar suburbano, e outras têm aquela dignidade de quem é asseado e pronto.


O ângulo de visão modifica a percepção dos espaços, por isso a tendência é para subir. Mas a procura de uma boa vista também se transforma num território novo.


segunda-feira, abril 24, 2006

superstições



receando o selvagem cedemos à superstição, ao rito. repetimos gestos rituais de modo a evitar o imprevisível, o destino.
atingimos o estágio superior do gesto humano: o ritual rotineiro.

sexta-feira, abril 21, 2006

selvagens

o homem por terra. o sangue que se espalha pelo terra, que o absorve lentamente. selvagem, o que definimos por lei cruel da natureza. a terra sempre absorveu o sangue e sempre o absorverá.
além disso 1317 metros.

quinta-feira, abril 20, 2006

erectos até ao fim

pois, nada de filosofias nem de pensamentos que partem do selvagem para chegar ao civilizado.apenas isto: 316 metros.

terça-feira, abril 18, 2006

sábado, abril 15, 2006

Sobre o Ruído

A principal diferença parece ser a ordem. Eu diria que este novo ruído é mais bonitinho, todo arrumado em linhas perfeitas formando um padrão sem surpresas. Ora essa qualidade parece-me desejável numa coisa como o ruído. O problema é que nos habituámos a que o ruído introduzisse poesia nas nossas vidas, beleza aleatória e surpresa. pois é, agora quanto a isto, acabou-se! ou é evidentemente verdade ou andamos a brincar aos truques e nostalgias pelo que passou.

quarta-feira, abril 12, 2006

what's up?

















that's all, folks!