quarta-feira, abril 26, 2006

Quionga ao Zaire

Pretexto para sair de casa e dar um passeio a bater umas chapas por terrenos que podem bem mostrar como é esta cidade, longe dos monumentos imponentes, dos bairros históricos ou dos condomínios pretensiosos.
Longe do porto, mas com ar de capital marítima, onde se encontra gente de toda a parte, numa conquista deste espaço por gente de fora, porque os locais foram embora, não para muito longe, mas para outro mundo.

Não pertence ao bairro das colónias, é mais um prenúncio, mas a Heróis de Quionga sentia o bairro a que não pertencia. Os seus heróis não eram de grandes facanhas, gostavam de carros e de ver quem passava, eram boa gente.



As fachadas de tardoz revelam o outro lado da cara pintada virada para a rua, que às vezes esconde um ar suburbano, e outras têm aquela dignidade de quem é asseado e pronto.


O ângulo de visão modifica a percepção dos espaços, por isso a tendência é para subir. Mas a procura de uma boa vista também se transforma num território novo.


segunda-feira, abril 24, 2006

superstições



receando o selvagem cedemos à superstição, ao rito. repetimos gestos rituais de modo a evitar o imprevisível, o destino.
atingimos o estágio superior do gesto humano: o ritual rotineiro.

sexta-feira, abril 21, 2006

selvagens

o homem por terra. o sangue que se espalha pelo terra, que o absorve lentamente. selvagem, o que definimos por lei cruel da natureza. a terra sempre absorveu o sangue e sempre o absorverá.
além disso 1317 metros.

quinta-feira, abril 20, 2006

erectos até ao fim

pois, nada de filosofias nem de pensamentos que partem do selvagem para chegar ao civilizado.apenas isto: 316 metros.

terça-feira, abril 18, 2006

sábado, abril 15, 2006

Sobre o Ruído

A principal diferença parece ser a ordem. Eu diria que este novo ruído é mais bonitinho, todo arrumado em linhas perfeitas formando um padrão sem surpresas. Ora essa qualidade parece-me desejável numa coisa como o ruído. O problema é que nos habituámos a que o ruído introduzisse poesia nas nossas vidas, beleza aleatória e surpresa. pois é, agora quanto a isto, acabou-se! ou é evidentemente verdade ou andamos a brincar aos truques e nostalgias pelo que passou.

quarta-feira, abril 12, 2006

what's up?

















that's all, folks!