quarta-feira, abril 26, 2006

Quionga ao Zaire

Pretexto para sair de casa e dar um passeio a bater umas chapas por terrenos que podem bem mostrar como é esta cidade, longe dos monumentos imponentes, dos bairros históricos ou dos condomínios pretensiosos.
Longe do porto, mas com ar de capital marítima, onde se encontra gente de toda a parte, numa conquista deste espaço por gente de fora, porque os locais foram embora, não para muito longe, mas para outro mundo.

Não pertence ao bairro das colónias, é mais um prenúncio, mas a Heróis de Quionga sentia o bairro a que não pertencia. Os seus heróis não eram de grandes facanhas, gostavam de carros e de ver quem passava, eram boa gente.



As fachadas de tardoz revelam o outro lado da cara pintada virada para a rua, que às vezes esconde um ar suburbano, e outras têm aquela dignidade de quem é asseado e pronto.


O ângulo de visão modifica a percepção dos espaços, por isso a tendência é para subir. Mas a procura de uma boa vista também se transforma num território novo.


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